O deputado estadual Frei Anastácio (PT) se irritou hoje de manhã e chegou a gritar para que fossem desligados os microfones de aparte dos colegas Raniery Paulino (PMDB), Léa Toscano (PSB) e Tião Gomes (PSL). Tudo porque o parlamentar estava na tribuna quando os colegas começaram a discutir por causa da ausência do secretário de Educação na reunião de ontem da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e queriam trocar farpas no tempo reservado à fala do religioso. Anastácio determinou, aos gritos, que os microfones de aparte fossem silenciados para que ele pudesse dar início ao pronunciamento. O frade reclamou também da mesa diretora da Casa, no momento presidida pelo deputado Edmilson Soares (PSB).
- Não existe questão de ordem e nem aparte. Estou inscrito e não permito! Estudem o regimento! Desliga lá [os microfones]! Quero que essa Casa tenha respeito e cumpra o regimento. Oxente! Que negócio é esse???!!! Esta Casa precisa dar um cursinho de regimento aos 36 deputados porque o regimento está sendo desrespeitado e rasgado no dia a dia. É uma vergonha! Já cumpri dois mandatos e nunca vi tanta bandalheira. Nós precisamos ter outro comportamento e a mesa diretora é responsável por esta bagunça. O presidente fica conversando e manda tirar a palavra bagunça da ata. Ele não está nem aí. Imagine onde estamos e onde vamos desembocar. É para não ofender às mulheres, o regimento desta Casa é um prostituto respeitado!
A inquietação de Anastácio era para defender o instituto da CPI e reclamar do arquivamento do pedido para investigar as denúncias de irregularidades no programa Jampa Digital, da Prefeitura de João Pessoa: “As CPIs nem sempre viram em pizza. O problema é que as CPIs ferem interesses de grupos econômicos, políticos e até parte da mídia. Dessa forma, querem desclassificar essa instrumento na Assembléia”.
Frei Anastácio